Sempre a estragar uma boa surpresa, estes jornalistas

Contratos a prazo. Estado não precisa de avisar para despedir

«[...]Depois, para estes mesmos casos acrescenta-se que a caducidade “não confere ao trabalhador o direito a compensação”, até agora de três ou dois dias por cada mês de trabalho.»

Bravo. Contas feitas, em tempo de crise, para que vamos nós compensar alguém que é alvo de um despedimento? OS DESEMPREGADOS ACABAM POR GASTAR TODO O SEU DINHEIRO! Ao Estado, poupa-se o trabalho de o voltar a receber em impostos. Recomendo mesmo que deixem de ser pagos salários; economiza-se o esforço já mencionado, a mão-de-obra do seu processamento, e a tarefa ingrata de reduções incrementais.

Eu estou optimista.

O FMI, entidade de competência acima de qualquer suspeita, e.g. conforme demonstrado na Argentina, depois de, juntamente com os seus amigos na troika, ter feito o diagnóstico*, decretado a terapêutica**, e aviado a receita de genéricos transnacionais e drogas experimentais, vem agora dizer que, afinal, precisa de sugestões: «[...]o governo tem de identificar e adoptar um conjunto de reformas que desenvolvam uma resposta de curto prazo do lado da oferta na economia».

Persistindo na imagem, esta organização e os restantes elementos da troika, estão para o problema da economia, nos países latinos da UE, como a equipa médica que, diagnosticando o cancro do paciente, prescrevendo e aplicando quimioterapia, radioterapia e extirpação cirúrgica do tumor, vislumbrando o agravamento do estado de saúde, pede ao doente sugestões de terapias alternativas.

Continuo optimista porque é necessário: as coisas estão a correr mal. Acredito que, tal como "o fígado faz muito mal à bebida", assim a crise acabará por matar as medidas aplicadas. E a nós com elas.

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* Com o aplauso febril da generalidade dos mass media lusos, gabando a argúcia, a eficiência, e outras qualidades, indicadas aqui, da A-Team. 

** Idem.