sábado, 26 de janeiro de 2013

O gene do sexo casual: «Honey, it's not my fault! It's the one-night stand gene»



Uma ligeira variação, no gene que traça o caminho de um receptor de dopamina, pode ser tudo o que é necessário para explicar o bater promíscuo dos corações traidores.

Um estudo descobriu que as pessoas nascidas com este desvio genético são mais propensas a enganar o parceiro sexual, ou a envolverem-se em comportamentos de risco como o sexo casual.

Na raiz da investigação está a dopamina. Os cientistas sabem que a dopamina induz sensações de bem-estar. É o que nos faz sentir prazer na alimentação, no sexo, ou nas drogas. 

Evolutivamente falando, o sistema desenvolveu-se para que pudéssemos encontrar o nosso caminho de volta para as "guloseimas" - e parceiros sexuais.

«A motivação parece resultar de um sistema de prazer e recompensa, que é onde a libertação de dopamina entra. Em casos de sexo sem compromisso, os riscos são mais altos, a recompensa substancial, e a motivação variável – todos estes factores garantem um "tsunami" de dopamina.»

A questão importante é saber porque conseguiram alguns superar a propensão genética.

(falta de oportunidade?)

Em língua inglesa, aqui

20 comentários:

  1. Falta de oportunidade, força de vontade, princípios, a oxitocina a atrapalhar... who knows?

    Pergunto-me o mesmo sobre a variante do gene MAO-A relacionada com maior propensão à violência.

    E deve haver tantos outros exemplos. Qual será a influência do ambiente, da personalidade, dos genes... probabilidades, probabilidades...

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  2. Anónimo19:17

    perguntas difíceis...

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  3. Anónimo19:42

    Somos tão "responsáveis":) podemos transportar o cheating gene e ainda assim não "dopa-minamos" as relações tanto quanto os nossos queridos parceiros.

    Também concordo que os factores ambientais, a personalidade, devem pesar. Ou então o nosso subconsciente ainda pulls the trigger da diferença fisiológica que tanto nos inibia antes da existência dos contraceptivos...

    E se combinarmos o cheating gene com a "ocasião faz o ladrão" vai ser cá um rush de dopamina...

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  4. Ó...
    Prontus...
    Está tudo explicado...
    Coitadinhos deles...
    Afinal são (mesmo) deficientes...

    Deve ser daquelas coisas que não se consegue lutar contra, noé..?
    Pois...

    Pá, tadichos...

    Assim como a obesidade, né? .. que as pessoas sabem que se estão a caminhar pró precipício, mas continuam a comer desalmadamente ...

    Então e medicação pra isso, o estudo ainda não estudou?

    E enquanto o estudo não estuda isso, será assim muito complicado a um hiper-dopaminado reconhecer que o é, e não tentar sequer envolver-se em relações a atirar assim mais para o sério...?
    Ou aquilo é tanto faz como tanto fez, tolda-se a razão por completo, e passa por cima de cocozices menores como, nomeadamente, sentimentos alheios, e um mínimo de consideração pela mulher que escolheu?

    Assim de repente, ocorrem-me 3 remédios que talvez possam ajudar os manés:

    - Uma carga de porrada, pelo menos 1 vez ao dia.

    - Um par de cornos, pelo penos 1 vez ao mês.

    - Patches de dopamina.




    (Nem sei se patenteie isto..)

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  5. * Onde se lê "penos", leia-se "menos".
    (não vá agora alguém achar que me enganei na vogal, e estou aqui a sugerir
    mezinhas de cariz violento pra violadores d'emoções. Naaaa .. q'eu cá sou da paiz..)

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    1. Anónimo11:27

      Isa, é urgente encontrar um remédio. Enquanto a Bial não se debruça sobre o assunto,analisemos as tuas interessantes propostas.
      O primeiro actua rapidamente mas implica muita mão de obra e pode dar-se o caso de o paciente ter um caparro considerável, o que poderá dificultar a administração do medicamento; o terceiro envolve despesas; o segundo é o meu preferido: é de absorção lenta mas de efeito prolongado.

      Epá, patenteia isso, não percas tempo!

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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    1. «quem ajoelha, tem que rezar»

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    2. Muito boa, meu caro..


      Podiam era fazer-se os rosários uma beca mais curtinhos, qu'isto até que se chegue ao último "amén", é um carga de trabalhos.
      Mas chega-se.

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    3. :(
      .. não podo, não devo..?

      Isto era só pró teu blog não secar...

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    4. podes tudo

      agradeço essa atitude raçuda e empenhada

      foi para não "secar" que fiz o "post" seguinte a este

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  7. Este comentário foi removido pelo autor.

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  8. Concordo contigo, Margarida.
    Até porque "uma carga de porrada" pode muito bem ser emocional, e eu, com este penoso e triste avançar da idade, cada vez sou mais apologista do biblico olho por olho.
    É fazer sentir a um geno-deficiente o impacto da sua "deficiência". Mas não é assim de qualquer maneira, não senhores. É premeditar (porque quem não vem com aquele problemazito de fábrica, tem mesmo que premiditar as coisas, né)e depois
    fazê-lo, com a certeza absoluta co doentinho vai vê-lo.
    (Tratamento de choque).

    O primeiro também é, mas impõe-se que o choque seja administrado por terceiros, claro está, Maguiga.
    (Uma deusa não vai à manicure pra depois se pôr a estragar as unhas mal chega a casa. Nope. Há que contar com as amizades, ou então, com uma família à la Corleone, o que acaba por ser um coche mais trabalhoso, moroso, e quiçá perigoso, porque a gente quere-os é vivos. Por fora).

    Quanto ao terceiro, parece-me o mais simples, mas tinha que de facto ter-se já algum conhecimento do modo operandis das florzinhas que os jardins divinos guardaram pra nós. Ou seja, experiência.
    Sabido que esta só se adquire com a convivência, levando em conta que uma Eva teima sempre que com ela vai ser "diferente", é capaz de ser susceptível até de ser mal administrado (acidentalmente, claro), por vias do desejo imperativo (e cheio de boa vontade) de cura.

    No entanto, realço que a tua pertinente participação fez com que se me apresentasse uma quarta hipótese: cobaias.
    Fazia-se dos maganos cobaias das propostas anteriores, na procura da resolução dos seus défices, deixavam-se os ratinhos sogadinhos, a dormir, quentinhos, e assim, e quando eles dissessem ai ... já chega!, a gente não parava, e reforçava a vacina. Just in case.

    Hã..?:))



    Amanhã cedinho estou à porta de onde se fazem essa cena das patentes.

    (Tenho pra mim qu'isto se vai vender mais cás vacinas prá gripe.. até parece que já vejo a escumalha toda da indústria farmacêutica à estalada por uma só componente do remédio, e a agarrarem naquilo com luvas, porque afinal de contas, trata-se de uma droga que combate traições).


    5% dos lucros, pra ti, é pegar ou largar*.






    (*"Pegar ou Largar". Outra patente. Desta feita pró nome do produto).






    Caray, se eu não rulo.









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    1. Anónimo15:25

      É pegar! Se houver problemas de financiamento, propomos uma PPP (Pomos o Povo a Pagar) ao governo.

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    2. Margarida, tu esquece lá o financiamento e preocupa-te é com
      as retaliações dos grandes laboratórios.

      (Às vezes acho que a nossa genialidade, reverte a nosso desfavor..
      agora fiquei preocupada...)

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    3. isto está muito bom.


      uma nova tag line feminina: "deixa-me ser o teu patch de dopamina"

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    4. Velhaca sádica:

      «e quando eles dissessem ai ... já chega!, a gente não parava, e reforçava a vacina. Just in case.»

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  9. Isabel, a justiça só funciona(va) para os pobres, e só funcionava para as mulheres. Que nesses tempos dá-me a impressão qu'era perfeitamente legítimo um encornado lavar a honra, e o acto era até aplaudido, correndo até o risco, caso não o fizesse, de ser considerado um fracote, ou qualquer coisa semelhante.

    As mulheres também traem, claro, e quando o fazem, as consequências costumam ser bem mais desastrosas do que quando ao contrário, porque - de acordo com os meus estudos de investigação - quando traimos, normalmente isso tem como fundo um imenso lodo de rancor (muito perigosa, uma gaja determinada a um pay back qualquer), ou porque se apaixonaram por um outro alguém. Um.
    O que não invalida a traição, mas sempre dá menos trabalho a contar com quem..

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  10. Resumindo e concluindo: uma pessoa não se tem que não venha aqui acrescentar mais qualquer coisa.
    Adorei aquela de fazer dos maganos ratinhos de laboratório.
    Adorei aquela à Corleone para não estragar as unhas e não só.
    Adorei aquela de que a ser assim, nunca mais se chega ao fim, mas chega.
    Só acrecento mais isto: ainda que a traição seja quase fifty-fifty e de que, no caso de não ser, elas é que são sempre estas e aquelas, penso que tudo é mais fácil para os machos porque, enquanto elas "actuam" como um todo, os meninos chegam a casa, despem a farda à porta e "boa-noite", não sei quantos, és melhor do mundo, mais isto e mais aquilo. Enfim, conseguem separar, mais facilmente, as águas. E acho que este assunto daria para ficar aqui a tarde inteira. Não vale a pena. Uma das revistas do expresso, creio que, em Setembro ou Outubro, sei que ainda fazia calor porque eu ia para a espreguiçadeira, trazia um documentário muito bem feito, gráficos e tudo, sobre o assunto. Daquilo que me lembro os homens ocupavam, em tudo ou quase, uma percentagem mais elevada. E pronto!

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