terça-feira, 25 de setembro de 2012

William Gibson

Não temos ideia, agora, do quê, ou de quem possa habitar o nosso futuro. Nesse sentido não temos futuro. Não no sentido em que os nossos avós tiveram um futuro, ou pensaram que o tinham. Futuros culturais imaginados em que o luxo de outro dia, um em que o "agora" durasse mais. Para nós, com certeza, as coisas podem mudar tão abruptamente, tão violentamente, e tão profundamente que, futuros como os dos nossos avós possuem um insuficiente "agora" para se manterem. Não temos futuro porque o nosso presente é demasiado volátil. [...] Apenas temos a gestão do risco. A fiação dos cenários dados no momento. O reconhecimento de padrões.
- Pattern Recognition

6 comentários:

  1. Nós certamente gostaríamos de gozar as vantagens e sofrer as dificuldades do futuro...mas à nossa frente, até gostosamente inconsciente disso, a mocidade se esparrama, de dilui, se expande, querendo as conquistas grátis, herdadas de mãos abertas, sem sequer valorizar as maravilhas tecnológicas de que agora se desfruta. Não dão o devido valor.

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  2. É por isto ser verdade que eu deixo todas as merdas que me apoquentam e vou para a varanda ver chover. É por causa disto que eu olho a luz a incidir nas grdénias e não faço perguntas. As coisas existem por sim mesmas e não precisam de ser justificadas. Muito menos a beleza! A beleza fica, Olho Vivo, e o que tu sentes com ela é intemporal.
    O presente, aquilo que acontece agora, faço com que aconteça em mim também. E o efémero torna-se eterno. Eu nunca vi nada de mais eterno que o agora, tenham as coisas evoluido ou não, desde o princípio dos tempos até agora.

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    1. Queria ter o teu modo de ver as coisas...
      Por hora me ocorre aquela história em que o homem se queixa ao Senhor"-Antes caminhávamos juntos na areia, agora só vejo as tuas pegadas....porquê me abandonastes?!
      E Jesus respondeu:
      "Meu filho, nos momentos em que só vês minhas pegadas, eu estava te carregando no colo...para aliviar teu sofrimento..."

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  3. "gardénias" "si mesmo"

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  4. Conheço as pegadas na areia, Olho Vivo. Só não consigo pôr as coisas como se alguém especial me transportasse quando eu estou na "fossa"... Continuo a achar que aquilo que eu não fizer ninguém o fará por mim.
    E continuei com um erro de concordância... Não deste por ela. Devia ser "si mesmas"! O anãozinho já viu e já se riu de mim...

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  5. ah, eu li isto em inglês, não me lembro nada desta frase, devo ser a pior tradutora do mundo.

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