quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Numa vida em construção trabalham os sonhos



O rapaz do guarda-chuva, Bill Perlmutter, Itália, 1958

16 comentários:

  1. O burro de traz suporta uma carga injusta.
    o burro da frente suporta uma chuva e pensa
    estar protegido. Detesto Sushi.

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  2. hahahhaa SR agora você superou-se, foi absolutamente genial!!!
    um grande saravá!!

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  3. E quando quero ver aquele amor meu, pego no burrico e lá vou eu...

    Burriiiicoooooo.....ai ai burrico....ai ai burrico.....ai ai ai ai....

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    1. Lembrou-me agora o F. Pessoa com indigestão, Chiquinho...

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    2. Anónimo22:42

      E também há "arre burriquinho vamos a Belém, ver o menino que a senhora tem..."( é sobre o Natal, não é sobre aquele sítio onde há um palácio e etc., o resto da história já sabemos...)

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  4. A vida é dura, pensamos estar protegidos mas um chapéu esfarrapado não protege ninguém. Santa inocência.

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    1. Se alguém pensa em se proteger com uma proteção daquelas, eu passo a acreditar que o Espírito Santo era uma galinha..

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  5. O velho, o rapaz e o burro... história antiga esta.

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  6. O velho, o rapaz e o burro, o chapéu todo escangalhado, a chuva, o burro sem montador, o montador sem montada, seja como for, gosto da frase e da imagem. Aliás, vou já guardá-la, tal como muitas que aqui foram postas na minha ausência! Isto tem tem tempero que me basta!
    Olho Vivo, o espírito santo pode, naturalmente, ser uma galinha! Não sei é se o espírito santo põe ovos! Se não põe, devia pôr!

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  7. Só mais isto... Um chapéu nestas condições, acho que pode, muito bem, proteger os sonhos! Os sonhos cabem em qualquer lado. Os meus, claro!
    Eu sei que a realidade aqui expressa é triste! Mas, adoro o que me faz sentir! Ai é que começa o sonho para nunca mais ser largado!

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    1. Queres então dizer que o blogue do Anãozinho é um SONHO?!

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  8. Não sei, Olho Vivo, eu não sei se o blog do anãozinho é um sonho! Não é isso que me importa. Vim aqui, porque não consegui deixar de vir. Quanto a esta postagem e a muitas outras, permitem-me resdescobrir muitas coisas que tenho em mim. Não é preciso muito. Às vezes, é mais uma cor que se escapa, uma sombra, um chapeu esfrangalhado, um puto...

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  9. Anãozinho, eu tenho aqui uma coisa que escrevi sobre esta imagem. Vou deixar, apenas, alguns excertos, não vá o Olho Vivo meter-se comigo por causa dos meus exageros. Aqui vai.

    "“ Flor de amêndoa, azul de mar.”
    (Autor desconhecido)

    Algarve, Armação de Pêra, Agosto de 2012

    Encontrei, no chão calcetado, em frente ao mar, este verso e, desde aí, não tenho parado. Uso-o a propósito e a despropósito, uso-o como se estivesse possuída por todas as palavras, que não são muitas, mas o suficiente para me fazerem tamborilar como a chuva nos telhados."


    "...
    O fotógrafo não se esqueceu de nada! O burro e o avô lá vêm atrás, descansados. Como eu quando vi o tal verso no chão do Algarve. A Ana lembrou-se de tirar uma foto ao verso. Um verso nu, escrito com letras douradas. Ainda bem que, para estas coisas, há sempre um fotógrafo por perto. Ou alguém com sensibilidade. Quem não pode tirar fotos, o que é o meu caso, olha e vê. Penetra a fundo nas palavras até ver a flor de amêndoa como se estivesse deitada no chão e tudo lhe começasse a andar à roda por cima da cabeça. A flor de amêndoa giraria por cima do mar e a vertigem seria mais um valor a acrescentar. O burro e o avô estariam lá, ao fundo, até que todas as imagens se sobreporiam. Às tantas, o mar já era da cor do burro e o burro, não é quando foge, alongado, imenso, como naqueles espelhos que distorcem e aumentam as imagens, a tornar-se azul, ondulado, com olhos de gaivota que espiolham o mar, lá de cima. A mesma calma e a mesma certeza no vaguear. O velho e o chapéu-de-chuva, porque também estava velho e escangalhado, embrulhar-se-iam, os dois, na flor de amêndoa que ia e vinha, crescendo em tamanho e vulnerabilidade. Tudo quanto se vê nesta vida, tem essa marca. As coisas tocam-se, embrulham-se, misturam-se, metamorfoseiam-se e, no fim, dá tudo em nada.
    Tudo, menos o verso dourado, escrito em Armação de Pêra, num chão de pedra, ligeiramente granulada."
    01-09-2012
    Isabel Vieira

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  10. Isto é puro Monthy Piton sem atores, mas com uma poesia lindamente descabelada, poesia saindo pelos poros como o esguicho de um chuveiro em que a água é substituída pelas lágrimas de todas as saudades, de todas as impossibilidades deixadas para traz...Esta és tu Isabel.

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  11. Obrigada, Olho Vivo!Tenho-te como o grilinho do Pinóquio! Sabes, por acaso, a história do Pinóquio? Falo assim porque, infelizmente, já ninguém gosta de histórias! Eu gosto!

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