Bradley Manning passou o dia 17 de Dezembro, o do seu aniversário, sozinho, numa cela minúscula, despido de confortos, sem travesseiro ou lençóis na cama. Nesse dia deveria ter celebrado o seu 23.º aniversário. Tem a saúde debilitada e está mentalmente destroçado, pela perspectiva de uma pena de 52 anos de prisão.
O soldado americano desapareceu da arena mundial, enquanto se amontoam as reacções às comunicações secretas que, supostamente, terá fornecido à WikiLeaks.
Ao que tudo indica, o destino de Julian Assange, neste momento, ele, o centro das atenções, está nas mãos do ex-analista de informações do exército, com 23 anos de idade, cumpridos na cadeia.
Os acusadores públicos americanos, aguardam instruções do procurador-geral, Eric Holder, sobre a forma de negociar com Manning, concretamente, o que lhe pode ser oferecido em troca da incriminação de Assange como co-conspirador, na obtenção das comunicações secretas.
Os funcionários do Departamento de Justiça estão sob forte pressão, para fundamentarem uma acusação, mas, reconhecem em privado que, uma condenação será extremamente difícil se Assange foi apenas o receptáculo passivo, da informação divulgada por Manning.
Qualquer prova de que ele tenha participado activamente no processo fará, quer da extradição, quer de um eventual julgamento, um caso com maiores probabilidades de sucesso.
Amigos íntimos de Manning informam que, até agora, este se recusou a cooperar com os acusadores públicos. No entanto, também dizem que, após sete meses de confinamento na “solitária” de Quantico, está em condições físicas cada vez mais frágeis.
Formalmente Manning é apenas acusado da fuga do vídeo militar dos EUA mostrando, em 2007, no Iraque, um ataque de helicópteros Apache, que matou 17 civis, incluindo dois jornalistas da Reuters.
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