quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

WikiLeaks, Julian Assange - O processo de extradição na entrevista à Aljazeera




Julian Assange, entrevistado ontem, dia 22 de Dezembro, por Sir David Frost, para a cadeia de televisão Aljazeera, fez as seguintes afirmações:

  1. O Pentágono admitiu não poder demonstrar que, com base nas revelações da WikiLeaks, algum funcionário, soldado, ou diplomata dos EUA, tenha sofrido perseguições ou ataques, em qualquer parte do mundo;
  2. Desmente possuir convicções anarquistas e ter como alvo prioritário os EUA;
  3. Nega ter-se encontrado, ter incitado, ou concertado acções com o soldado Bradley Manning, (alegadamente a fonte da WikiLeaks), para organizar a fuga de informação;
  4. Os EUA estão a tentar "quebrar" fisicamente o soldado Bradley (detido há mais de sete meses em Quantico, instalações do FBI na Virginia) para testemunhar contra ele e permitir uma acusação de espionagem, fundamento de uma extradição directa para a América (quer a partir da Suécia, quer da Grâ-Bretanha); 
  5. Está impedido, por motivos legais, de dizer que não terá um julgamento justo na Suécia, essa afirmação equivaleria a uma recusa, e seria imediatamente extraditado, refere contudo que não existem júris na Suécia, que magistrados são nomeados por partidos, etc. (indicando que pensa exactamente isso);
  6. Acredita que existem forças neste processo que pretendem transformá-lo em algo que não é - o processo já havia sido arquivado lembra;
  7. Não deseja comentar as supostas queixas, das também alegadas vitimas, por acreditar que elas próprias possam ter sido manipuladas; 
  8. Os advogados ingleses nem sequer possuem cópia oficial das declarações iniciais das queixosas. 

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