«Conheci uma mulher», principiava o Araújo, «um cavalheiro como poucos». Aqui suspendia a narração e olhava em redor, recolhendo no chapéu acenos de cabeça: a certeza de haver sido entendido.
Prosseguia já de mão pousada no ombro do ouvinte mais atento. «Vi-a com estes olhos, com estes aqui, que a terra um dia há-de comer, arrumar os seus haveres, guardar tudo e, ainda não contente desse trabalho, carregar porta fora as putas das malas. Nem isso me deixou fazer.» Por esta altura respirava fundo e rematava no balcão - quase gritando -, uma punhada por palavra. «Isto tudo, claro, depois de me foder. Bem fodido. Mas fez tudo sozinha! É o que vos digo: um cavalheiro!»
E ria até ao engasgo - recebia palmadas nas costas -, e pedia outra aguardente.
Coisas que acontecem...
ResponderEliminarMesmo.
EliminarBagagem que ninguém aguenta.
ResponderEliminarHá quem faça questão de a transportar todos os dias e ainda use os outros como burros de carga.
ResponderEliminarMe gusta tu nick.
Eliminar"Um cavalheiro". Brutal.
ResponderEliminarE o Araújo também o é, seguramente, que não é qualquer gajo que assume uma cena dessas.
Um bem disposto, é o que é.
Tu tás bem, Shogun?
Mais gueixa, menos gueixa... uma vezes a tendinite cotovelar, outras a contractura lombar. Tou quase a desistir da alta competição :/
EliminarESQUECESTE DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE E DA ACNE CUCURBITÁCEA...
EliminarSe ela o fodeu bem fodido não tem de que se queixar. Cavalheiro? Só se for "o da triste figura"!
ResponderEliminarTenho um amigo que tem a mania de conquistador e de acreditar em tudo o que as mulheres dizem ou fazem. Foi parar ao hospital também pela mesma razão: ter sido bem fodido! Ela diz que teve 5 orgamos em meia hora. Ele conteve-se o mais que pôde... A tal mania dos pseudo garanhões. Como já não conseguiu dar o grito de guerra, lá pela noite fora, já em casa, gritou pela irmã para que o levasse ao hospital. A versão que corria era que tinha torcido os testículos! Ena! Foi ou não um acto de elevado cavalheirismo? O que eu gozei com a cena!
Nunca soube que tal coisa se pudesse torcer.Tens fotos?
EliminarNão tenho fotos nenhumas, seu espertalhão! Para que quero eu essa porcaria? A irmã é que me contou! Eu não ando por aqui a espreitar as quecas que os outros dão. Não tinha mais que fazer! Tomara eu dar conta das minhas, quanto mais dar conta das dos outros!
ResponderEliminarEU SÓ USO QUECAS GG, ESTOU GORDO COMO DÃO JOÃO VI
ResponderEliminarNem penses numa coisa dessas, Olho Vivo! Sabes que mais? Tenho todo o prazer em te reponder. Tu deixa-te de D. João VI, mais coisa menos coisa! Aquilo era um "banana". E a Carlota Joaquina até tinha barba. Dizem!
ResponderEliminarO D. Pedro é que tinha razão quando lhe saltou com o Ipiranga para cima. E fez ele muito bem, já que o pai foi um cobarde! Nós aqui com os franceses e ele no bem bom, aí, no Brasil!
E DÃO JOÃO FREQUENTAVA AS BOATES RODEADO DE MULATAS APETITOSAS, ENQUANTO D. CARLOTA CLAREAVA OS DENTES PODRES EM SÃO PAULO.MEU PENTATATARAVÔ CONTAVA ISSO NAS SUAS MEMÓRIAS.
ResponderEliminarDe facto, D. João VI fez a melhor opção. Do que sei sobre a Carlota Joaquina vem-me um pouco do que li nas " Luzes de Leonor", um livro fantástico da Maria Teresa Horta sobre a Maquesa de Alorna. Elas, a Marquesa de Alorna e a Carlota Foaquina, conviveram uma com a outra, já que a Marquesa de Alorna, frequentava a corte. Segundo o que li e também já sabia, a Carlota Joaquina era francesa e veio para Portugal muito nova. Até me parece que era boa pessoa e apoiava a marquesa de Alorna nos seus avanços poéticos e nas suas ideias iluministas, muito contrárias ao que seria exigido, pela sociedade, às mulheres. Não quero estar para aqui a dar lições a ninguém. Só que gosto muito de história e não sei bem o que hei-de pensar sobre a nossa Carlota! Que os reis eram uns desavergonhados, é um facto. Mas, as rainhas também não lhe ficavam atrás! E faziam eles muito bem! Se casavam com quem não queriam...
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