sábado, 5 de novembro de 2011

«Meninas e minis»*

«Há dias, apanhei duas concorrentes da Casa dos Segredos - raparigas modernas de vinte e poucos anos - a dizer que ficavam enojadas quando viam mulheres a beber cerveja. Um interlocutor do sexo masculino concordou:"Sim, eu nisso sou machista." Mulheres e homens acederam. Ele, depois, coçou os testículos. Mas isso já ninguém achou nojento.

A flatulência, a aerofagia, a expectoração, os desarranjos intestinais, as comichões, a orelha de porco, o vernáculo a pornografia, o Pro Evolution Soccer", a cerveja - nada disto é monopólio masculino.»

Antes de tomar posição sobre este mercado, livre de monopólios, alguém pode fazer-me a caridade de esclarecer do que trata a "orelha de porco"?

Ana Markl, Expresso, Revista Atual de 5 de Novembro de 2011, p. 6

33 comentários:

  1. Eu já vi mulheres a comer alheira. Achei mal.

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  2. Eu também acho mal quando querem mexer no meu controlo remoto super programado, nã!

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  3. Não faço a mínima do que possa ser orelha de porco e por acaso até me dava um certo jeito saber, não vá acontecer estar eu aqui a fazer alguma coisa que pareça/soe/fique ou me assente ou acente mal.
    Outra coisa que gostava de saber, é who the fuck é a Ana Markl, e antes que me chamem ignorante e essas merdas assim, vou já dizendo que sou sim senhores, com muitórgulho e honra, até porque, caso ainda não tenham reparado, isso também não é monopólio masculino, não sou obrigada a saber tudo de todos, que tenho muitas coisas em que pensar.

    Depois, caso a encontrem, também lhe podiam dizer que isto do "pensar", esteve sempre à inteira disposição de ambos os sexos - mesmo até antes do direito ao voto, se não me falha a memória - e por fim, que se acontecer em crónicas futuras ela não tiver nada de interessante pra dizer, pois que se cale. Hum?

    tagradecida.

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  4. Se acontecer em crónicas futuras ela não ter ...blablabla

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  5. Irmã do Nuno Markl um moço que escreve livros que nunca li, mas que são muito engraçados. Um intelectual do humor como o Bruno Nogueira a quem todas as pessoas que me conhecem acham muita piada e eu apenas parvo. Tal e qual a troika da CGD.

    Mas o que eu quero saber é da "orelha de porco" e tu não ajudaste nada. Andas impossível, quero eu dizer, mais do que habitualmente.

    Alimenta-te bem e não engordes. Dorme, faz exercício, sacode uns tapetes.

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  6. Margarida08:43

    Eu já vi orelha de porco, não vestida de branco e envolta em luz, em cima de uma árvore, mas dentro de um prato, numa tasquinha em Évora.
    Nós, as gajas, recuámos horrorizadas mas os dois marmanjos presentes, chamaram-nos tolinhas e que não sabíamos o que era bom. Não sei se estavam só a falar da orelha de porco, mas isso é outro assunto.
    Aviso as pessoas mais sensíveis para se precaverem perante a descrição que se segue.
    Eram pedaços em tom acinzentado, de onde despontavam umas coisinhas brancas, as cartilagens. O cheiro era avinagrado.

    Já encontrei orelha de porco seca, na mercearia do sr. Belmiro, na zona de comida para cão.
    E pronto, é tudo o que sei sobre o tema.
    Anão, desculpa este comentário gigantesco.

    Só mais uma coisa: o humor do Bruno Nogueira e a orelha de porco estão, para mim, ao mesmo nível.

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  7. Será essa a orelha? E os pezinhos de coentrada?

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  8. Que a moça devia ser qqer coisa ao Nuno, era um bocado óbvio, num é? até aí uma pessoa chega sozinha, que o apelido é incomum e se existe deus, aquilo há-de estragar-se uma família só e prontos. O que eu queria saber era a relevância do personagem na panorâmica da nossa actualidade. Ou confirmar.

    Acho essa tua implicância comigo ultimamente, reveladora dum coração desprovido de um pingo de humanidade. Um pinguinho que seja. Uma pingoleta. Mísera. Que seja.
    Mas também, esperar o quê, noé? Dum gajo que não percebe nada de sensibilidades femininas. Que não percebe, não entende.Não capta.
    Que me manda comer. Mas depois diz "não engordes". Porra. Há coisas que não se dizem a uma mulher e isto sim, devia ser monopólio masculino.

    Não me perguntes pelo teu controlo remoto todo programadinho, que não sei dele. Não fui eu.

    Ai Maguiga, que sou tão infeliz ...

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  9. Margarida11:02

    Porquê, Isa??

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  10. TÃO TU NÃO VÊS COMÉ QUELE ME TRATA??

    "não engordes"
    "andas impossivel"
    "mais do que habitualmente"

    óóóóóóóóóóóóóóó deuses ... ele tem outra!

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  11. Tou a brincar ok? fãs os Anaumzinho.

    Isto sou eu só a brincar. Calma muita calma.

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  12. Margarida11:18

    Tens razão. O mais triste é a definição que o Anão apresenta para exercício físico----> "sacudir tapetes"!

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  13. Aí assumi que era só o que ele conhecia como tal ... qués ver que não!?

    Se fossemos casados estavas feito gajo! remetia-te já ao espirito de renúncia, o teu, por vias de admoestações e injúrias à minha condição intelectóqualquecoisa (cá havia de m'arranjar) e ainda exigia uma indemnização! seu ... carrasco.


    Margarida, vê o post acima.
    (Mas vai primeiro à missa)
    dasse ...

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  14. Bem, agora que tive um tempinho, para essa ideia, depois de me aconselhar, surgiram uns obstáculos. É voz corrente que és peixe de muita espinha e dente afiado. Eis o rol:

    - possessiva;
    - ciumenta;
    - "pela-se por uma discussão";
    - controladora;
    - egotista;
    - implicativa, e;
    - "emocionalmente autista".

    Ora, confessa lá se isto não é de por tudo em baixo. Os planos quero eu dizer.

    Ah! e cuscaram que estás a ganhar peso.

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  15. Mário09:44

    Ganhar peso é favor, está com cara de lua cheia,

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  16. Tão e a cena das minhas múltiplas personalidades não consta, prequê... hum? querem ver que já não é defeito!
    Confere tudo, menos o "controladora", gaijin. E falta o é só pra quem pode e sabe.
    (Assim a bold, que tou fartinha de decepções).

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  17. Um ganda lóle pa ti. Assim é que é: "sou e assumo".

    ad latere

    Já essa coisa dos múltiplos não. É que és tão, mas tão, tão igualzinha a pessoas que me conhecem.

    Bebem Xerox todas no mesmo bar, é o que é!

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  18. Assumo tudo que sou, o considerado bom e o seu oposto, os intermédios e circundantes. Assumo, orgulhosamente. Gosto de mim assim com isto tudo, gosto de mim até das partes que não gosto, índio, não me camuflo. Sou a merda ou o diamante que está ao alcance da leitura de cada um, em mais bonito em pessoa pra uns, ou mais feia pra outros. Tento adaptar-me e adapto-me, às vezes lá consigo, mas não mudo -porque não quero - o que de mais intrínseco tenho em mim. Não gosto. A côr dos meus olhos muda e fica-me mal. Aceito, mas é que aceito mesmo,hã? todos os que quero bem, no todo e exactamente como são, porque como prego desenfreadamente embora ninguém me escute,sou pela diferença, pelo debate, pela descoberta, pela dúvida, pela insistência, pelo desgaste, pela discussão, eu sou pelos sentimentos à flor da pele, sem filtros e sem aditivos, não fujo ao primeiro grito de exaspero. Fico. Pra ver no qué que dá, porque é aí que a pessoa se mostra e a isto, não se chama conflito, chama-se ver com os olhos do sentir. Eu não desisto nunca, mas é que nunca mesmo, de alguém por quem eu sinta algum tipo de afinidade. Desistem, mas eu, não desisto, nunca. Não acredito na converseta do "perdão", ai que te perdoo e merdas afins, porque não me acho humanamente habilitada a, essa palavra devia ser banida de todos os léxicos, ninguém "perdoa" nada, porque pra mim, o termo veste-se de características atribuídas só aos deuses, e sendo que nenhum de nós o é, pois que não tem que perdoar ou deixar de o fazer. Digere. Entende. Aceita, ou não.
    O que pra muitos é uma qualidade, dizem-me todas as cicatrizes em meu delicado cuore, ser em mim um defeito (outro) pois que tenho imensurável em mim, o poder de encaixe e posteriores tarefas atrás mencionadas, quando aceito. Quando não aceito, demoro uma porrada de tempo a decidi-lo e também não dou a niguém o "benefício da dúvida", que pra mim é outro termo demonstrativo da arrogância com que nos defendemos dos outros. Dou só a dúvida, que o benefício, até ver, é meu.
    Em não aceitando, costuma ser definitivo, não porque eu seja muito dura ou me arme em podre de boa (que peracaso até sou,mas no caso não se aplica)mas porque concluo que de mim, não encontro mais nada pra dar.
    Em aceitando, pois que têm em mim uma alma pejada de sombras, um fígado desfeito à conta das bebedeiras derivadas das delusões desta vida, más disposições (pró ton-sur-ton), um estado de espírito mais ou menos bipolar, retiradas desta arena que é o mundo (muitas e cada vez mais), rentrées (umas voluntárias, outras a chamamentos de almas que me são) mas têm-me. O pacote completo.

    Vê lá se combina com quem dizes que te conhece, depois conta se sim ou se não, sendo que se sim, está descoberta a excepção à regra de não haver duas pessoas iguais, e sendo que não, ficas então tu, meu bem, com a noção do tão, tão, mas tão diferentes podem ser duas pessoas, aparentemente tão,iguais.

    Considera aqui o testamento um preview à próxima boca foleira sobre o que bebo, que não se brinca assim tão levianamente com as escolhas alcoolicas duma pessoa. Tá claro que te podia só mandar pró caralho, mas pá, gosto sempre d'explicar primeiro porquê.

    Até o moscatel empalideceu, caray.

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  19. Mas alguém perguntou alguma coisa a esta gaja? Mas vocês ainda não sabem que não se lhe pode dizer nada que é logo isto tudo?
    Possas, pá.

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  20. Olha, olha a Pipa. Quem é vivo sempre aparece :)

    Vou levar três dias a estudar aquilo e responder.

    Mesmo assim devo ficar de castigo (sabes, ela estava em automático e eu, sem o saber, devo ter carregado algum botão, vai daí, levantou a pá basculante e soterrou-me com aquele credo - por vezes penso que ela tem um banco de dados, vai lá e ctrl-C + ctrl-V - agora estou aqui a ver se tiro a cabeça da areia).

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  21. Anónimo16:21

    Foram todas ao "eu me confesso...". O Anão gosta de ser "padreco". Que grande bloqueio malta.

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  22. Pois, sou todo a favor das pecadoras e não toco em "meninos de coro".

    :))

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  23. Anónimo16:48

    Gostavam todos de ser famosos? :))
    Não são paciência :((

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  24. Não percebi esta última, mas também não faz diferença cassim junta-se à outras do confessionário ou o caralho que vos foda.

    E era isto mesmo que queria dizer com esta minha intervenção "o caralho que vos foda".
    Pronto, já disse maneiras que me vou.

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  25. É com algum pesar e desconforto que denotei duas falhas minhas. Espero vir a tempo de me retratar.
    Primeiro, sou uma fervorosa defensora da salada de orelha e dos pezinhos de coentrada e as minhas ancas estão aqui para o atestar.
    Segundo, não me enjoa nada ver mulheres a beber cerveja, mas enjoa-me vê-las a bater punhetas, quanto mais não seja porque não lhes vejo grande sentido e isto deve querer dizer alguma coisa acerca da minha doirada personalidade mas agora estou com pouco tempo para paneleirices.
    Terceiro, se calhar não acrescentei isto à minha primeira intervenção neste post porque não o li. Se calhar.

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  26. Anónimo das 17:07 Não combinámos que podias mexer, mas sem estragar?

    Menina Isa, lamento informar mas, declino a oferta, não encaixa. Pense e ofereça melhor. E mais, vejo que se lhe solta a oralidade com grande latitude. Era escusado, era escusado fazer-me passar estas vergonhas em público, eu, um jovem pudibundo.

    Menina Filipa, sei da sua dificuldade com a leitura labial e que soletra de boca aberta, por isso, um destes dias, faço para si uma coisa com números, ou pandas. Mas não fique triste, conheço mais gente assim.

    Das coisas que vê, outras pessoas do sexo feminino, fazer e que a enjoam, não cuido eu.

    (a concordância não é fazerem pois não?)

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  27. Ou muito me engano, ou o anónimo das 17:07 era a Isa. Mas isto, digo eu que sou uma perspicaz de primeira apanha.

    Detesto, mas é que detesto mesmo, mas mesmo mesmo MUITO, que me respondam à molhada. Uma resposta, onde há cabidela (também aprecio, pracaso) pra todo o mundo que comentou antes, não é pra mim. Por isso, e só por isso é que não me ponho para aqui a enumerar a quantidade de coisas que faço de boca aberta que ainda é cedo pra me chatear.

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  28. Não te vou responder como mereces, loira falsa, porque já envergonhei o excelso dono aqui do palácio, qb. Por hoje.
    Mas uma vez que o que está dito dito está, faz da minha tão generosa oferta declinada pelo Anão (só pra ela não ficar práqui ao abandono),tua.


    Anão, as minhas desculpas. Só porque estou na tua casa, que sabes bem se estivesse na minha, não pedia desculpas de nada.

    Não ofereço mai nada, o resto é tudo a pagar.

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  29. Anónimo22:06

    http://youtu.be/FBvUILjCSSc

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  30. Porra pá!

    Como é que o blog começa no nível intelectualoide e chega ao nível dos programas de TV rascas com tipas a bater punhetas ao pequeno-almoço?

    É para isto que existe a figura de administrador de blog.

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  31. Porque é um blog pluralista, ó fascizoide.

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  32. E só agora é que vi que a anónima das 17:07, sou mesmo eu.

    Ao que uma pessoa chega ...

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