Na mesa do lado. Ambos adultos. Ambos com mais de trinta anos. Ambos vivendo com os pais.
Ela queixava-se, dizia não saber o que era dormir mais que cinco horas por noite. Desconhecia o motivo. E ele que sim; que sabia, era o stress.
Ela passou aos dentes. Não tinha cáries, nem tártaro, não fumava; usava pasta dentífrica contra a placa bacteriana. Ele, também que não, não, não e sim. Ela, que o aparelho de correcção, com almofadinhas coloridas, individuais, era um gosto, uma beleza. Que o aparelho também mais aquilo. Ele, isso tudo e mais; que devido à configuração protuberante do seu maxilar, a queixada, o apetrecho dele era especial, não podia usar o modelo fixo, e mais aqueloutro; que teve dores assim e tomou comprimidos assado, que o dentista disse isto e mais aquilo. E continuaram.
Não volto a consumir água da rede de abastecimento público. É a única explicação.
pra esse pessoal só apetece usar as palavras sábias se um amigo : "FODEI-VOS!" (sotaque minhoto)
ResponderEliminarIsso foi num restaurante vegetariano?
ResponderEliminarCarla
Falar de dentes e aparelhos dos ditos à mesa do restaurante, não lembra ao careca!
ResponderEliminarEsse título deixa-me nervosa: dá-me mesmo vontade de morder!:)
Ai que arraso, ai que paixão... eu imagino os beijos trocados entre os dois, já depois do jantar, no (desas)sossego da casa de um deles, perto do olhar curioso dos pais: ela com o acompanhante bucal que usa a full-time, ele já com aparelho a part-time, usado apenas em casa, quais pantufas que se calçam quando o esgotante dia de trabalho chega ao fim.
ResponderEliminarA história de amor entre esses dois seres deve ser magnífica. Cintilante. Magnética. Metálica. Comovente, até.
Até que um deles diz:
"Tens um espinafre no aparelho."
"Aqui?"
"Não, do outro lado..."
"Aqui?"
"Hum... Um pouco mais para a esquerda... Oh. Deixa que eu tiro!"
Anão, tenho os olhos lacrimejantes. Só não choro copiosamente por pura vergonha.
Está visto.
ResponderEliminarQuando for grande, quero ser como o Anão.
O Patife adora a explicação encontrada. Agora percebo a razão de tantas conversas bizarras já escutadas em estabelecimentos públicos. ;)
ResponderEliminarNum restaurante tinha-os posto à porta. Foi num bar, bem depois da meia-noite e era suposto ser conversa de engate.
ResponderEliminarAgora quando tenho sede bebo imperial.
HAHAHAHAHAHAHA
ResponderEliminarComo os tempos mudam!!!
Cunbersa de engate???? HAHAHAHAHAHA
You make my day! :))
Carla
Quem sabe tudo desse assunto é o senhor Patife, acima.
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