sábado, 5 de fevereiro de 2011

A Inês Pedrosa está certa, na literatusa, perdão na literatura lusa, não se escreve sobre sexo.* O exemplo à mão era estrangeiro e aqui se apresenta. Por favor não se choquem.



«O anão era casado com uma rapariga muito bonita. Quando ela era adolescente ficou com uma garrafa de Coca-Cola enfiada na rata e teve que ir a um médico para a tirar de lá. Como é habitual nas cidades pequenas, toda a gente ficou a saber, e a rapariga foi marginalizada, sobrando assim para o anão.  Ele acabou por ficar com o melhor cu da cidade.»
- Charles Bukowski (1920-1994), Correios, 2010, Antígona
*Para sossegar as leitoras e leitores (Boaventura Sousa Santos - não discriminação de género - diz ele) mais preocupados com a deriva ideológica desta publicação electrónica e que manifestam o seu pesar na minha caixa de correio, quero dizer que não se apoquentem, o meu interesse pela coisa sexual é puramente académico, literário. De qualquer modo agradeço o cuidado.

2 comentários:

  1. Muito bom mesmo, este Bukowsky!
    E eu a pensar que o Role de Dice é que era! Isto é literatura, amigo, literatura!

    "Ele acabou por ficar com o melhor cu da cidade."

    O final é de génio. Isto parece quase um daqueles contos que se liam na escola que, no fim, acabam sempre por dar uma lição (de moral ou não). Só fiquei desgostosa com o título escolhido para o post. Sei lá... Moral daz história: Nunca subestimar a rata alheia?

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  2. O título tem a ver com outro post.

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