terça-feira, 25 de junho de 2013

Casa assombrada por mulheres de carne e osso




4 comentários:

  1. Uma casa assombrada por mulheres de carne e osso. Muito bem. Eu também sou mulher, por isso, faço parte da assombração. E escolho a chave mais pequena. Uma chave grande é uma ilusão e não dá com a fechadura que abre a porta para a insustentável tristeza do corpo. É tudo ao contrário. A porta para o corpo também é pequena. Fica à distância de um passo de dança. Todas as semanas há uma exposição de chaves, de fechaduras e de portas, de corpos e de tristezas, de coisas mais ou menos insustentáveis e de coisas mais ou menos sustentáveis. Ninguém entende nada de nada e tudo se resume a uma necessidade premente de conter a força e o desespero de pegar numa chave qualquer. Não dá! A tristeza do corpo é uma ilusão que nos devora as entranhas. Dá meia volta e desanda! As casas assombradas têm os dias contados e as chaves também. Mesmo assim, fico com a mais pequena. Só para recordação.

    ResponderEliminar
  2. Possas, Isabel... era essa mesmo que eu queria.

    ResponderEliminar
  3. Está lá mais do que uma chave pequena, Isa! Isto é como em todas as coisas. O que realmente conta não está fora do mundo. Só que, quase não se vê a olho nu. É preciso estar profundamento atento (a). E quem é que tem, nos dias que correm, TEMPO e PACIÊNCIA para ver?

    ResponderEliminar
  4. Isto não significa que não tenhas reparado na existência de mais do que uma chave pequena! Logo tu que tens o olho bem aberto!

    ResponderEliminar