quarta-feira, 28 de novembro de 2012

João 8:32


Enterrar a verdade tão fundo quanto possível, e aguardar que desapareça, ou morra, ou se transforme em húmus. Não acontece. As raízes que lança alongam-se sem medida, ganhando a força de nunca ser erradicada. Não é uma praga contudo.

5 comentários:

  1. Não quero saber de lançar raízes...eu caminharei, sem sentir, para uma indiferente cremação.

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  3. Isto é a versão inspirada em Manoel de Oliveira para a história da Carochinha. O Anão pisga-se depois dá nisto.
    O João Ratão queria enterrar qualquer coisa (chamou-lhe "verdade", calhou). A Carochinha andava demasiado ocupada na lida da casa. Esquecida do corpo.
    O Ratão esgalgado de fome, cheirou-lhe a húmus de minhoca (porque a dele coitada secava e secava qual raíz de uma árvore sedenta. Alongamentos, nada, mirrava e mirrava) então precipitou-se em direcção às minhocas. Quem não tem cão, caça com gato e vai daí a minhocada trocou-lhe as voltas. Papou-o. Agora o Ratão vive feliz. Descobriu a sua verdadeira fonte de prazer. Todos os dias às 8:32 em ponto lança-se às minhocas. Praga é a Carochinha que agarrada à vassoura lhe implora que volte. FIM!

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    Respostas
    1. Anónimo22:20

      Bren, Bren, que andas tu a misturar na comida?

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    2. Ração de cachorro pobre, com certeza.

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