quarta-feira, 29 de agosto de 2012

«Até ao 9.º ano, parte dos alunos terá de aprender três ofícios, como os de eletricista, talhante, agricultor ou canalizador»


A ter lido bem, considero um nadinha exagerado que essa aprendizagem se faça para três profissões, e até tão tarde - o 9.º ano de escolaridade. Não ficaria, o senhor ministro da educação, Nuno Crato, satisfeito com uma, e para os primeiros quatro anos?

Mais, o ministro não pode, nem deve, cercear a liberdade individual na escolha de uma profissão. Evitar esse erro crasso é alargar o leque de escolha, incluindo no cardápio tudo o que for capaz de satisfazer mentes exigentes.

Seguem exemplos.



 Ferris, sete anos, ardina

Donnie, cardador

Merilda, jornaleira

Tecelão

Vendedor de peixe

Boletineiros

Enroladores de charutos

George, Johnny, John, Fulsom, Albert, Morris, Byron, curtidores

Carvoeiros

Todas as fotografias da autoria de Lewis Hine.

11 comentários:

  1. Anónimo19:07

    Também se pode acrescentar a de limpa-chaminés, como o dos poemas do William Blake.
    Pelos vistos nem chegámos a ter revolução industrial e há dias em que os séculos XVIII e XIX
    não estão assim tão distantes...pelo menos na cabeça de alguns políticos.

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  2. Margarida roubaste por parapsicologia ou macumba meu comentário? Eu pensava em perguntar QUEM LIMPARIA AS CHAMINÉS???

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  3. Anónimo21:03

    A sério? :)))

    Olha pá, isto por cá está muito mau, como se pode ver por este exemplo da educação.
    Qualquer dia começam a separar à nascença os que vão aprender uma profissão e os que podem estudar. Isto cheira a mofo, para não dizer outra coisa.

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  4. e quem escolhe as vocações? já é suficientemente mau um miúdo de 14 anos ter de escolher uma área quando transita para o 10º ano.

    À parte disso, as fotos são bem boas, todas com o mesmo olhar nos olhos.

    cumps

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  5. Concordo contigo Efemota, o mesmo olhar bovino e desesperançado dos que gostariam de ter um futuro mas não vêm pela frente senão a rotina, o bafo do não posso.
    Especialmente quando vejo estas fotos antigas é quando eu penso que cada um e todos aqueles meninos viveram seu universo que foi tão rico interiormente, embora pobres por fora e sem futuro na grande maioria.A nossa mente sem sair do lugar corre, se mexe, transporta-se, sofre e imagina, somos todos iguais e os ciclos se repetem...Penamos todos que somos grandes e importantes, mas somos grãos de areia no deserto deste Mundo...

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  6. Suspiro. Melhor que o Lewis só se for o Sebastião Salgado.

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    1. Nada tão profundamente errado quanto isso. O Salgado teve o seu momento, agora é um mercador. Uma estrela pop. Viaja com equipa de assistentes. Vive em Paris. Usa o Adobe Lightroom em excesso. Não o culpa por isso, vive o tempo dele e vai morrer de barriga cheia.

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    2. Tu não me digas uma merda dessas que eu fico f%$%#&!(não escrevo mais palavrões aqui porque tu agora deste em apagar os meus comentários mais sentidos e inspirados)
      Eu não estou a comparar um e outro. E se o S.S. é uma estrela pop, isso é lá com ele. Eu gosto do trabalho dele. Algumas fotos, custa-me concordar mas tem que ser, acho-as demasiado "mexidas", mas outras, em compensação, são verdadeiras preciosidades!, ouviste, hã?

      Cada fotógrafo é diferente, não há cá comparações. Como diria o Bresson: "Fotografar é colocar na mesma mira a cabeça, o olho e o coração.".

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    3. Lamento se estilhaço os teus heróis. O Cartier-Bresson é grande, mas, como ele existem mais, a quem, injustamente, foi negada a glória. Algumas das fotografias do "momento decisivo" são vulgares. O "fotógrafo de rua" morreu à 50 anos e ele soube-o antes de todos. Por isso se dedicou às aguarelas. Mas teve sempre um bom marketing.

      Vou contar-te um segredo: o "nome" de vários "grandes" fotógrafos do analógico devia ser repartido com o impressor.

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    4. Pronto, não quero falar mais contigo. Aborreceste-me.
      Vou mazé dedicar-me a trocar ideias com gente burra. Gosto mais.

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  7. Este comentário foi removido pelo autor.

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