Virtudes e pecados, dor e prazer, temas banais. O seu e o seu contrário. Depois veremos melhor.
quinta-feira, 12 de novembro de 2015
Donc, camembert, monsieur Gruyère!
Dono e senhor de um vernáculo ímpar, vizinho da raiz etimológica, desce os fundos abismos da língua com a auctoritas moral e a segurança de um bonus pater familias. Emerge feliz e contente. Na boca traz, suspenso no sorriso, sinónimo virgem de sentido. Cresce evangelista da frase curta, faz da pausa glotal e das vogais prolongadas, e consecutivas, a sua arma. Tem detractoras, ah! Se tem! Portadoras de cruzes entre seios ausentes rouquejam ofegantes: «Não seja... Ai!... Meu Deus!... vulgar.»
Por fraqueza de carácter desbarata o acervo patrimonial com mulheres perdidas, desencontradas da existência, almas condenadas. Perdeu tudo: latim, onomatopeias e interjeições, frases e orações. Actualmente, um perfeito cavalheiro (observando jejum vocabular) preenchido de sorrisos, mesuras e rapapés, não lhes arranca um orgasmo sem antes pedir licença — em linguagem gestual.
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pobre homem... derreteu.
ResponderEliminarLiteralmente.
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