terça-feira, 2 de abril de 2013

A Esperança, essa prostituta


Entra e saúda, carrega no rosto um falso Verão
Melosa e sabida gueixa
Arrasta a mim a sua dedicação
Comparece, vem matar o viver da queixa
Apresenta-se em pele, nua
Sedutora, chega a calar o lamento.
Depois (é sempre depois), ri-se, directa e crua:
«Estou aqui», profere, «p'ra agravar o tormento,
entregar a desilusão, o quotidiano não!»

― Alejo Vargas, Decir Adiós a Usted

3 comentários:

  1. Tens mais pseudónimos que o Pessoa teve de heterónimos.
    Como dizem as gajas "Aww stop it".

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    1. És um gajo porreiro, mas depois fazes merdas deste teor.

      Ocupa-te e vai apertar parafusos com o esfíncter.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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