Virtudes e pecados, dor e prazer, temas banais. O seu e o seu contrário. Depois veremos melhor.
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
O Inverno da nossa globalização
No período da Guerra Fria, tivemos o medo, as ameaças nucleares, construíram-se abrigos em caves, bens essenciais eram açambarcados. E rezava-se.
Depois veio a queda do muro. O Pacto de Varsóvia ruiu. Os americanos nunca assassinaram Fidel. Em Cuba, que exporta médicos, foi a diverticulite que operou a contra-revolução. A América faz tudo cada vez pior: foram necessárias duas tentativas e um PowerPoint falso para chegarem a Bagdade.
A China é o maior capitalista. A Rússia, com o seu gás, queima a Europa em fogo lento. Na África, ainda se morre de fome, mas o racismo inverteu a polaridade: agora é preto. Os novos-ricos amassam tijolo. Os porcos agonizam. A Patagónia, essa continua lá.
Economistas, os estreados evangélicos, doutrinam. Gestores comandam. A Goldman Sachs sorri e lucra. Quem deve obedece: tu enfia a canga! No mercado de trabalho faltam estadistas.
Eu?... Qual formiga laboriosa, diligentemente procuro e encontro, carrego e transporto, classifico e armazeno... mentiras piedosas: o meu combustível de Inverno.
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Anão, que texto fantástico!
ResponderEliminarDe uma penada e em grande estilo, mostra-nos a big picture!
ganda texto anom
ResponderEliminarAcutilante
ResponderEliminarsofia
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarA propósito de inverno, só me apetece é cobrir...
ResponderEliminar...as perninhas, com uma mantinha de lã :)
Muuuuito bom.
ResponderEliminare contentamento.
ResponderEliminarOlha, apetece-me dizer várias coisas, mas fiquei gelada com um comentário que li.
Maya
e sim, és bom (escapou-me)
ResponderEliminarEste comentário foi removido por um gestor do blogue.
ResponderEliminarObrigado.
ResponderEliminarfoi parvoíce
ResponderEliminarM
tb podia ser o Inferno da nossa Coisificação - no sentido de que nos tornámos coisas
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