sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Meu Brasil brasileiro do import/export*


O Brasil indigna-se. Os brasileiros nem por isso. 

Os capitães da estrutura judiciária brasileira, encabeçada pelo Procurador-Geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Lopes, e a assanhada Promotora de Justiça, Gabriela de Aguillar Lima, anseiam dilacerar o ligeiramente anafado Domingos Duarte Lima, nem que para isso tenham que utilizar os incisivos.

"O que me chocou mais foi a ganância" diz a senhora (isto, quando bem debaixo das barbas dela**, seis ministros abandonaram o governo - ou foram demitidos -, por denúncias de corrupção). 

Já antes, a referida Promotora, havia sentenciado que, aquando da condenação, Duarte Lima cumpriria a sentença em Portugal, ao abrigo do "artigo 1094.º". Diz-me fonte avisada que, esta norma, se refere à revisão e confirmação de sentenças estrangeiras em matéria de direitos civis, "é uma norma processual de DIP - Direito Internacional Privado, nada a ver com Direito Penal, ou Processo Penal".


Esta sede de justiça impressiona até uma alma empedernida. 

Nada disto está relacionado com o facto do processo "à americana" decorrer sob os holofotes da comunicação social***. Não, é fome de justiça, cega e farta, de punir o alegado criminoso.

Tanta quanto existe para a extradição dos membros do "gang da margem Sul", retornados ao Brasil.

Tanta quanto existiu na extradição de Fátima Felgueiras (possuidora de dupla nacionalidade; portuguesa e brasileira), que se exilou no Rio, recebendo salário do Município enquanto por cá, o "saco azul" do PS, se esvaia em "falta de provas" e condenações menores.

Tanta quanto existiu para a extradição de Frederico Cunha, o padre Frederico, excelso pedófilo que, condenado e a cumprir pena pelo homicídio de um jovem de 15 anos, se evadiu para o Brasil, onde em pleno calçadão concede entrevistas à comunicação social.
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* O título surgiu porque estava imbuído de uma ideia original (pensava eu): ia propor a troca de Duarte Lima por Frederico Cunha, entretanto, houve quem se antecipasse, outro palpiteiro: "é uma questão diplomática e pode chegar-se a essa solução ]...] em nome do exemplo e da pedagogia".
**Eu sei que a senhora não tem barba e o governo está sediado em Brasília, péssima figura de estilo pois.


1 comentário:

  1. Actualização:«A Presidente do Brasil poderá demitir mais dois membros do seu Governo, por suspeita de corrupção. Os ministros do Trabalho, Carlos Lupi, e o da Saúde, Alexandre Padilha, respectivamente, serão os sétimo e oitavo a cair, e com eles alguns assessores.»

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