quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

"Emissão de dívida foi um sucesso", apesar de taxa de juro elevada (6,7)

Quando o suicídio é um sucesso estamos bem. Agora já sabem o que é um paradoxo.

Não tem sentido considerar a colocação da dívida a 6,7% como um sucesso. A taxa é simplesmente ruinosa. O "custo médio" da dívida nacional é inferior a 3,5%. Portugal tem a alternativa (ou obrigação) de se financiar nos "fundos de estabilização" (v.g. do FMI) a taxas da ordem dos 4%.

O Prémio Nobel da Economia Paul Krugman jocosamente escreve: "por não ter sido tão mau quanto se esperava, o leilão foi um sucesso. Com mais sucessos destes a periferia europeia acabará destruída."


Os círculos económicos mantêm os rumores da preparação do pacote de ajuda, agora no montante de 60 biliões de euros.

Os homens que participam na determinação das taxas de juro continuam a advertir que, apesar da colocação da dívida, o problema está longe de se considerar resolvido. É o caso de Howard Wheeldon.

Com toda a probabilidade iremos recorrer ao FMI até Março ou Abril, com a agravante de suportarmos todo o lastro das taxas de juro dos empréstimos obrigacionistas anteriores. Neste momento estou convencido que, o diferencial nas taxas de juro representa um custo superior ao das supostas medidas de estabilização, do temido FMI.

Nota: O Tesouro espanhol acaba de colocar cerca de €3 mil milhões em títulos a cinco anos com um juro marginal de 4,59%.

2 comentários:

  1. http://economia.publico.pt/Noticia/custo-extra-com-a-divida-vai-consumir-poupanca-com-corte-dos-salarios_1475172

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  2. Estou a gostar do blog. Muito poupado nas palavras, mas não nas ideias.
    O "mais não digo", parece uma imagem de marca!
    Gosto de Psis que falam de economia!

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