quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Virilidade verbal e muleta oratória - estes juízes são do c.

Quando um cabo da GNR, se dirige ao seu superior, dizendo "não dá pra trocar, então pró c...", está a cometer um crime de insubordinação ou a desabafar? 

Para o Tribunal da Relação de Lisboa, o cabo não deve ser julgado, a expressão utilizada é "um sinal de mera virilidade verbal".

Tal como vem no acórdão, o militar disse: "Não dá para trocar, então pró c...".


E para fundamentar tal decisão, os desembargadores fazem uma
análise da expressão "pró c...". Concluíram que há contextos em que a utilização da expressão não é ofensiva, mas sim um modo de verbalizar estados de alma.
 

"É público e notório, pois tal resulta da experiência comum, que 'c...' é palavra usada por alguns (muitos) para expressar, definir, explicar ou enfatizar toda uma gama de sentimentos humanos e diversos estados de ânimo. Por exemplo 'prò c...' é usado para representar algo excessivo. Seja grande ou pequeno de mais. Serve para referenciar realidades numéricas indefinidas ('chove pra c...'; 'o Cristiano Ronaldo joga pra c...'; 'moras longe pra c...'; 'o ácaro é um animal pequeno pra c...'; 'esse filme é velho pra c...')".

Mas há mais: "Para alguns, não há nada a que não se possa juntar um 'c...', funcionando este como verdadeira
muleta oratória."

Tudo no DN 

4 comentários:

  1. O texto do DN, tá do c.

    ResponderEliminar
  2. Não se pode dizer caralho aqui?

    ResponderEliminar
  3. quazzimodo19:58

    nos tempos que correm acho que vou ficar fiel depositário do termo.

    ResponderEliminar
  4. ai o caralho ...


    Agora a sério, pá, acho que vou roubar-te esses excertos e por no meu blog, pra quando me chatearem com a cena dos palavrões ... são DESABAFOS! ESTADOS DE ÃNIMO!!

    caralho!

    ResponderEliminar