terça-feira, 26 de abril de 2016

Mário de Sá-Carneiro (1890-1916)


[...]

Justo. Um quarto de hospital, higiénico, todo branco, 
                        [moderno e tranquilo;
Em Paris, é preferível, por causa da legenda...
De aqui a vinte anos a minha literatura talvez se 

                                  [entenda;
E depois estar maluquinho em Paris fica bem, tem 
                            [certo estilo...

 


Quanto a ti, meu amor, podes vir às quintas-feiras,
Se quiseres ser gentil, perguntar como eu estou.
Agora no meu quarto é que tu não entras, mesmo com

                     [as melhores maneiras...
Nada a fazer, minha rica. O menino dorme. Tudo o 
                                [mais acabou.


Últimos Poemas, Paris, Novembro 1915

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