segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Motoi Yamamoto: pedaços de memória e fragmentos de tempo


«Desenhar um labirinto com sal é como perseguir os vestígios das minhas recordações. As memórias aparentam mudar, e desaparecer no caminhar do tempo. Contudo, procuro capturar momentos que não possam ser reproduzidos em palavras, ou imagens. O meu desejo é, talvez, no final de cada trabalho, receber a emoção de conseguir tocar uma memória que me é preciosa.» Yamamoto no catálogo da exposição Force of Nature.


Labyrinth
Salt, 4x12m,
 Making Mends
Bellevue Arts Museum, USA

Yamamoto não constrói apenas labirintos: «Não existe um tema, um leitmotif, nos meus desenhos, parte do que faço são formas e contornos que podem ser encontradas no mundo natural, como tufões, remoinhos de água, ou galáxias.» 
 
Forest of beyond, Solo Exhibition To Tthe White Forest
The Hakone Open-Air Museum, Kanagawa, Japan
July 2011 - March 2012
Photo: Makoto Morisawa

Uma mostra de trabalhos variados, incluindo escultura e jardins japoneses, pode ser vista no endereço electrónico do artista.

Traço de união entre a quase totalidade das obras é a utilização de sal, restituído ao mar finda a instalação, por Yamamoto, ou visitantes convidados.

Nascido em 1966, em Onomichi, Hiroshima, Motoi Yamamoto, começou a trabalhar o sal em 1994, após o falecimento da irmã de escassos 24 anos. No Japão, o sal é usado nas cerimónias xintoístas de purificação e luto.

As instalações de Yamamoto, efémeras por natureza, como os sentimentos, reconstituem o seu caminho de perda, dor, e luto, uma perseguição interminável a fragmentos de memórias que recusa abandonar  — ou perpetuar por outros meios. A sua arte, porque é disso que se trata, não deixa ainda assim de irradiar beleza e serenidade.










Outros vídeos:

箱根彫刻の森美術館 「山本基 しろきもりへ―現世の杜・常世の杜―」 

"Labyrinth" installation by Motoi Yamamoto - timelapse video 

Motoi Yamamoto's "Return to the Sea: Saltworks" - Spoleto Festival USA at the College of Charleston 

Return to the Sea: Saltworks by Motoi Yamamoto

3 comentários:

  1. Anónimo13:17

    Encantada de conhecer.
    Obrigada.

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    1. De nada. O prazer foi todo meu. Esteja à vontade, mas, se pretender colocar os pés no sofá, descalce os sapatos. É uma mania minha.

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    2. Anónimo21:36

      Nem outra coisa me passaria pela cabeça (ou pelos pés), afinal a casa é sua.

      http://whitehotmagazine.com/UserFiles/image/2012/lucien%20freud/LucianFreud_BenefitsSupervisorSleeping.jpg

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