sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Leitura (quase) diária #6

Também a escrita tumultuada, a cascadejar numa corrente de consciência que já foi nova há trezentos anos, repassada de lamúrias e «afectos», é susceptível de causar um desconfortável enfado. A escrita inventarial, por outro lado, coleccionadora de objectos e gestos, inimiga do prazer de ler, vai de par com outras que convidam ao desabafo: «Mas o que é que estou para aqui a fazer? O que é que me interessa isto?»
Este homem não tem amigos no Facebook: é demasiado competente no discurso indirecto livre. 
 

1 comentário:

  1. «Mas o que é que estou para aqui a fazer? O que é que me interessa isto?» Eu também faço essa pergunta! Mas, vou lá!

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