Roupa velha: António Horta Osório

O banqueiro, ao serviço do Lloyds Bank:
a) «tirou uma licença temporária por excesso de trabalho»;
c) «causa do afastamento: a fadiga por excesso de trabalho»;
d) «extrema fadiga devido a excesso de trabalho» - o próprio em discurso directo;
d) «os médicos disseram-lhe que está exausto física e mentalmente»;
e) «o gestor português atribuiu os problemas de saúde às dificuldades em dormir».

Horta Osório, entretanto regressado ao trabalho, no pretérito 9 de Janeiro, recebe anualmente 15,3 milhões de euros, em salário base, bónus, compensações e contribuições para o plano de pensões.

Com outros rendimentos, e menor reverência da comunicação social, ter-lhe-ia sido diagnosticado um "colapso mental"; um "esgotamento", por "não saber resistir às exigências próprias do cargo", e colado o rótulo de indivíduo "incapaz de gerir situações de stress"; "um gestor sem o perfil psicológico adequado às funções que desempenha". Em suma: um fraco. Não ele, não ele, que exauriu as forças do corpo trabalhando quase até à morte. É desta massa que são feitos os nossos heróis.